quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ASPECTOS TEOLÓGICO-PASTORAIS

Aspectos teológicos pastorais da 1ª Epistola de Pedro, segundo comentários de ( Raymund Brow, Kenner Roger C. Terra, Alberto Antoniazi )

Antes de falarmos de aspectos teológicos pastorais é muito importante sabermos do contexto econômico-social da época*
No primeiro século o império romano tinha como ponto de destaque a agricultura, e uma população que na sua maioria trabalhava no meio rural, em trabalhos pesados, e o que caracterizava o extrato superior era a posse de terras, valendo mais do que o acumulo de dinheiro em cofres, portanto a elite era formado por grandes senhores de terras, quem trabalhava na agricultura geralmente vivia em um baixo padrão de subsistência; a comunidade cristã da época na sua maioria não estava incluída na elite, que era olhada com reservas pela mesma.
A provável composição das comunidades dos crente no final do primeiro século, nas cidades helenísticas era:
#Escravos de diversas categorias
#Libertos
#Comerciantes
#Estrangeiros (artífices, cidadãos livres mas pobres)
*STENGEMANN, Ekehard e Wolfgang – Historia Social do Protocristianismo.



PONTOS IMPORTANTES SEGUNDO BROWN:

A VALORIZAÇÃO DO AUTOR; O autor é identificado como apóstolo de JESUS CRISTO, e não como Simão Pedro, querendo assim reforçar o caráter de líder instituído pelo próprio MESTRE sobre a igreja.

O INCENTIVO; O autor procura animar a comunidade a permanecer firme mesmo diante das dificuldades que estavam sendo enfrentadas no período, como :
#Rejeição
#Calunias
#Injurias
#Perseguição por parte da população, que não entendia as atitudes das comunidades cristãs de não participarem de suas praticas libertinas.
Segundo Brown quando o autor se refere às tribulações, está falando dessas dificuldades, que estava levando muitos a desistir da fé, voltando às suas antigas praticas.

A SOCIALIZAÇÂO; Apesar do autor chamar a atenção para uma vida separada das praticas pagãs, ele mostra que deve haver o devido respeito às autoridades, querendo assim evitar possíveis conflitos entre ambas, e chama a atenção aos servos para que sejam submissos aos seus senhores, como também à hierarquia familiar e eclesiástica, querendo assim evitar possíveis conflitos internos.

DOUTRINA; No aspecto doutrinário o autor chama atenção ao batismo com referencia nas águas do dilúvio, mostrando-as com um marco de um reinicio purificando a humanidade do mal que a assolava.

Segundo Kenner Roger C. Terra:

OBJETIVO; Trazer uma proposta social com caráter preservativo promovendo a esperança de um futuro melhor através de uma linguagem temperada com um caráter apocalíptico.
PUBLICO; Judeus e gentios que moravam na Ásia menor, que provavelmente viviam de maneira precária, que encontravam refugio na “seita dos cristãos”, que padeciam perseguição por não se associarem à vida imoral daqueles que viviam ao seu redor.
Parapidemoi= Forasteiros migrantes
Paroikoi= Estrangeiros residentes

A CRISE; Com a perseguição da população a dificuldade maior dessa comunidade não era com o estado propriamente dito e sim com as calunias , difamações , e acusações infundadas que a população fazia contra a mesma, onde o autor aconselha para que seja dada honra às autoridades.
Diante dessa realidade a igreja “Edifício Espiritual” estava aberta para receber todos aqueles que se achavam rejeitados dando a eles a morada que lhes faltava trazendo a eles a promessa de uma casa celeste.

O ATAQUE; A epístola ataca os falsos mestres, e as falcas doutrinas que os mesmos estavam introduzindo na comunidade, desfazendo do ensinamento dos apóstolos, induzindo a comunidade a desacreditar da volta de JESUS, usando a prerrogativa de que todos aqueles apóstolos que pegavam essa mensagem já haviam morrido, e nenhuma dessas palavras ainda não havia se cumprido.
ALBERTO ANTONIAZI:

O ALVO; O alvo dessa epístola é uma comunidade afligida por aqueles que estavam ao seu redor, uma população que os cercava com calunias, injurias, difamações, e todo tipo de ameaças; comunidade essa que era formada por pessoas que estavam dispersas do seu verdadeiro lar, que receberiam através desses escritos uma mensagem de animo, mesmo diante da hostilidade sofrida por parte da população que não a compreendia como deveria, rejeitando as suas atitudes, e promover a união interna da comunidade combatendo as falsas doutrinas, que os falsos mestres estavam introduzindo no meio da mesma,
ECLESIOLOGIA; o autor procura estabelecer o caráter institucional, promovendo uma hierarquia interna, exortando a que fossem honrados os mais velhos, e que houvesse um respeito mutou entre os mais jovens e os mais velhos, promovendo o fortalecimento da comunidade.


CONCLUSÃO:
Olhando para esses comentários podemos ver uma comunidade que estava vivendo momentos de crise (econômica, social, e doutrinaria), que a levava a viver , conflitos internos e externos, e o enfraquecimento da fé da mesma; se tornando necessária a intervenção do autor , através dessa epístola que tem um caráter exortativo e estimulante para aquela comunidade, buscando organiza-la e fortalece-la, reforçando a doutrina dos apóstolos, e combatendo os falsos mestres com suas falsas doutrinas.

História da Pesquisa


História da Pesquisa

Para a realização da história da pesquisa das cartas de Pedro comparamos os textos de vários autores sobre essas cartas como: Oscar Cullmann, Raymond Brown e Alberto Antoniazzi. Este último foi escolhido como base para este trabalho por considerarmos que sua interpretação das cartas de Pedro tem uma perspectiva que não pretende contrariar a interpretação feita por Cullmann e Brown mostrando um olhar do escritor das cartas para a vida na eternidade (o lar celestial), como recompensa do sofrimento suportado por aqueles que estavam sendo perseguidos, mas indo, além disso, situando os destinatários para um olhar da vida em comunidade e os levando a se posicionarem diante dos problemas existentes na sociedade do seu tempo.
Antoniazzi traça um paralelo em três interpretações das cartas de Pedro para nos direcionar para uma leitura mais coerente dessas cartas e nos situar na sociedade como cristãos que somos e com nossa responsabilidade social.
A primeira interpretação da carta de 1 Pd é bastante conhecida e difundida. Por muito tempo pareceu a própria interpretação do cristianismo, mesmo no catolicismo popular. De fato, a 1 Pd dá mais importância à paixão de Jesus, e aos seus sofrimentos, do que propriamente à morte e à ressurreição, como faz Paulo em seus escritos. É o Jesus que sofre como o povo sofre o Jesus no qual se podem reconhecer os traços concretos do sofrimento humano de muita gente. Para Antoniazzi, seria superficial pensar num esquema dualista: Jesus sofreu aqui na terra e tem a glória no Céu; de formas semelhantes os cristãos sofrem agora, para participar da glória depois. Na realidade, a teologia do sofrimento da 1 Pd parece se inspirar na tradição das “histórias dos mártires” do judaísmo. O judaísmo tinha reconhecido um sentido teológico do sofrimento: ele é purificação também para o povo de Deus (1 Pd 4.17), e é juízo; mas sobretudo é graça; é algo que agrada a Deus, sofrer por Ele, ser fiel na provação (1 Pd 2.19).

A segunda interpretação da 1 Pd acentua separação entre este povo, o povo de Deus formado agora pelos cristãos, e o resto da sociedade. As comunidades a que se dirige a 1 Pd tenderiam a formar uma “seita”, um grupo separado fechado sobre si mesmo. Acreditando-se o verdadeiro povo de Deus, acabariam não apenas desprezando o antigo povo de Deus, ou seja, os judeus, mas também olhando negativamente para qualquer outro grupo religioso fora do cristianismo. De um lado a comunidade cristã se torna solidária, coesa e unida; mas, de outro lado, haveria um preço a pagar por isso: o preço da separação e do distanciamento, do isolamento e do relacionamento hostil com os “outros”. Certamente a 1 Pd se esforça para que os cristãos assumam plenamente a consciência de sua dignidade como povo de Deus, eleitos, santos, escolhidos; particularmente 2.5-10 procura mostrar o caráter sacerdotal que a comunidade toda assume.
A tese da seita é reforçada pelos aprofundados estudos de J. H. Elliot. Ele vê na 1 Pd a proposta de “uma casa para quem não tem casa”, uma casa num sentido muito particular, “uma grande família”, que oferece solidariedade e proteção a muitos. A Igreja 1 Pd seria esta “casa” de Deus que acolhe pobres e marginalizados, transformando-os em cidadãos e irmãos, conscientes de pertencer a uma casa mais nobre que a de César, mais estável e poderosa do que as “casas” dos ricos e poderosos que dominam a sociedade pagã. Mas o relacionamento dos cristãos com a sociedade não vai além?
Na terceira interpretação, Antoniazzi diz que antes de tudo, não parece exato entender o sentido da proposta da 1 Pd como a de uma seita isolada do mundo, fechada sobre si mesma. Os cristãos daquela época correram o perigo de transformar-se em pequena seita. Mas na 1 Pd o dinamismo missionário está presente, junto com a vontade de permanecer na sociedade de forma construtiva e critica. A 1 Pd não convida os cristãos a se retirarem do mundo, rompendo as relações com os pagãos. Ao contrário, espera que a conduta dos cristãos possa convencer os pagãos a mudar de opinião, de atitude, de vida. A conduta dos cristãos seria exatamente o que deixaria confundidos os pagãos (1 Pd 2.12; 3.1; 3.15-16).
A atitude do cristão dentro da sociedade é descrita positivamente na 1 Pd como “fazer o bem a todos por amor do Senhor”. A 1 Pd indica algumas regras (2.13 – 3.7), parecidas com regras do lar ou tábuas domésticas que se encontram na literatura estóica e também no Novo Testamento. Essas regras se aplicam às instituições fundamentais da sociedade: o estado, a família (ou a casa, isto é, a grande família que inclui escravos e empregados e é também a base das atividades econômicas, o casamento.
Estas regras se iniciam pelo imperativo “submetei-vos” (2.13-18; 3.1). Para nós, isso faz pensar em conformismo, resignação, acomodação. Mas é este o verdadeiro sentido?
“Submetei-vos” (em grego: hypotágete) pode ser entendido melhor como “integrai-vos” (ou até: engajai-vos) na “ordem” social. Mas isto não significa que esta ordem da sociedade seja considerada justa, ou natural, ou até eterna. Os cristãos sabem que esta ordem é muitas vezes injusta, marcada pelo pecado e que ela é transitória, submissa ao juízo de Deus. Pelo fato porem de viver nesta sociedade, o individuo (também o cristão) adquirem uma responsabilidade para estas instituições humanas. E é ao exercício de sua responsabilidade social que a 1 Pd convida os cristãos.
Indo um pouco mais longe podemos nos perguntar se a 1 Pd pensou numa critica da sociedade do seu tempo e numa alternativa. Vimos que exclui a fuga, o abandono da sociedade. Também não prega a revolta contra ela, sobretudo a revolta armada, a violência. Mas a sociedade pagã deve ser tolerada sem nada fazer para mudá-la? Novamente, parece que seria subestimar a 1 Pd se interpretássemos a integração a integração dos cristãos na sociedade como pacifica e ingênua. Na 1 Pd os cristãos estão claramente em conflito com a sociedade, mesmo se eles procuram ter mansidão e respeito. Os textos da 1 Pd deixam claro que os cristãos agem segundo consciência (2.19) e esta é a consciência da vontade de Deus. O cristão é levado a distinguir o que nas instituições humanas está na ordem da criação e o que é injusto, contrário à vontade de Deus. Neste caso, é claro, obedecerá à Deus e não às autoridades humanas.
Para Antoniazzi a 1 Pd pode ser lida em muitas perspectivas diferentes. Cada um pode descobrir um ângulo próprio e se confrontar com um aspecto. Por isso também as conclusões, que se podem tirar devem ser diferentes. Nela descobrimos, antes de tudo, os indícios, os traços de uma situação de sofrimento das comunidades.
Antoniazzi diz que esta situação, lida com os olhos da fé, especialmente com os olhos dos mártires, por quê? Porque ajuda os cristãos a discernirem melhor (crise, na sua origem, significa discernir, julgar, peneirar). Ela põe à prova e purifica a nossa esperança.
Mas como sair da crise? Para Antoniazzi, talvez a pergunta não esteja correta. A crise é permanente para o cristão. Ele sempre viverá em crise, no conflito entre a sua esperança (o reino) e a sociedade imperfeita e injusta desta terra (o mundo). Muito pior é quando o cristão se ilude de sair da crise anulando uma das duas: ou a sua esperança no reino, ou o seu engajamento na sociedade.

Bibliografia:

BROWN, Raymond Edward. Introdução ao Novo Testamento. Paulinas. São Paulo, 2004.
CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento. 10ª edição. Sinodal. São Leopoldo, 2007.
ANTONIAZZI, Alberto. A Saída é Ficar. O Conflito dos Cristãos Segundo a Primeira Epístola de Pedro. Estudos Bíblicos 15, Vozes, Petrópolis, 1987.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

PESQUISA ATUAL

Dentro dos limites de um curso de apenas um semestre sobre todos os escritos neotestamentários, exceto os evangelhos sinóticos e o livro de Atos, buscamos realizar um levantamento bibliográfico sobre o nosso recorte de estudo, a saber, as epístolas relacionadas ao apóstolo Pedro. Como neste momento o nosso interesse reside especialmente no conhecimento da literatura mais recente publicada sobre o tema, direcionamos nosso olhar para artigos científicos e, só posteriormente para trabalhos exegéticos de maior fôlego, que depreendem um maior tempo de elaboração.
Não conseguimos encontrar, em português, uma boa quantidade de referências bibliográficas atualizadas sobre as Cartas de Pedro. Em comparação às Cartas Paulinas, por exemplo, que já possuem uma vasta literatura publicada em língua portuguesa, os estudos nos escritos petrinos ainda carecem de uma maior visibilidade em nossa língua. Deste modo, para representar, ainda que parcialmente, a situação atual da pesquisa, selecionamos o artigo “Um Lar (Celestial) para quem não tem Casa: uma História da Tradição de 1 Pedro”, publicado em 2008 por Kenner Roger Cazotto Terra, e recorremos ao livro “A Primeira Carta de Pedro: um comentário exegético-teológico”, mais recente obra (2009) publicada no Brasil sobre a primeira Carta de Pedro, de autoria de Reinhard Feldmeier.
O primeiro texto foi publicado pela Âncora, Revista Digital de Estudos da Religião da Faculdade de Teologia IV Centenário, localizada em São Paulo. Seu autor é um biblista ainda em formação. Ele é mestrando em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo, sendo Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul, onde realizou trabalho de conclusão de curso sobre a primeira Carta de Pedro.
“[...] A carta de 1 Pedro teve sua redação com propósitos sociais, de caráter preservativo e, ao mesmo tempo, gerando esperança sócio-histórica. Contudo, percebo que dentro desse escopo histórico, aparecem ‘ruídos’ apocalípticos que fazem interferências no desenvolvimento do texto” (TERRA, 2008:72). Assim Terra percebe o principal objetivo de 1 Pedro, partindo de uma exegese sociológica, tributada especialmente a John Elliott em “Um lar para quem não tem casa: interpretação sociológica da primeira carta de Pedro”, obra na qual o autor fundamenta sua pesquisa.
Com este pressuposto, o articulista se propõe a identificar a tradição mais antiga e predominante na carta, que apresenta uma resposta sociológica para seus destinatários e, a identificar a tradição mais recente, responsável pelos acréscimos apocalípticos. Para tanto, lançou mão das definições dos termos parepidemoi e paroikoi, segundo a interpretação de Elliott, esclarecendo a primeira expressão representa os forasteiros migrantes e a segunda os estrangeiros residentes. “Os Paroikoi eram os estrangeiros que tinham adquirido o direito de residência, mas não desfrutavam do direito de cidadania. Os parepidemoi, por outro lado, eram os estrangeiros que nem o direito de residência tinham. Esses grupos eram estranhos de cultura, língua, costumes, filiação política, social ou religiosa do povo onde habitavam. Não gozavam de nenhum direito político, não podiam participar das assembléias populares e eram excluídos do serviço militar” (TERRA, 2008:73). Assim sendo, fariam parte da comunidade de 1 Pedro judeus e pagãos convertidos ao cristianismo, que encontrariam lugar naquela comunidade.
Neste primeiro momento (72 d.C.), Terra percebe uma perseguição “atenuada”, caracterizada apenas por injúrias, difamação e calúnia. Não havendo ainda uma perseguição institucionalizada como passará a ocorrer no segundo século. Portanto, “este momento da história da tradição de 1 Pedro mostra um estágio anterior (antes do aparecimento dos ruídos e das contradições históricas dentro da própria obra) de uma carta que tem uma lógica de consolo, na qual a casa de Deus, vivida na comunidade cristã lhes dava identidade” (TERRA, 2008:74).
De acordo com o autor, num segundo momento, de modo aparentemente contraditório, o discurso teológico da 1 Pedro passa a ganhar tons menos históricos e mais apocalípticos. No primeiro momento, a esperança viva da comunidade repousava na ressurreição de Jesus, restaurando a sua dignidade após a morte na cruz. Porém, no segundo momento, essa esperança transmuta-se para o mundo celestial, num momento futuro. Assim, os destinatários não mais se alegrariam na ressurreição de Cristo, mas na promessa celeste de restauração futura. Esta mudança constitui, para Kenner Terra, um dos ruídos do segundo momento da tradição de 1 Pedro.
Outro elemento que demonstraria tratar-se de um período posterior na tradição de 1 Pedro seria a mudança na perseguição, que doravante se torna institucional, não meramente local, mas universal, marcando um novo momento da carta. Outra mudança, na visão deste artigo, acontece na imagem de Pedro, que inicialmente é apresentado como apóstolo de Jesus Cristo, e no segundo momento como membro de uma escola de presbíteros.
Assim, Terra conclui que haveria uma primeira redação que ele chama de I Pedro-Hipotética, caracterizada por uma perseguição não institucional e mais amena, que procurou oferecer consolo, identidade e lugar social para forasteiros residentes e estrangeiros migrantes. A segunda redação, chamada de I Pedro Transformada, seria marcada por uma perseguição ampla e institucional, momento em que surgiu um espírito apocalíptico que se reflete nos ‘ruídos’ do texto. Para corroborar sua tese o biblista também recorre a fontes externas como a carta de Plínio ao Imperador Trajano, e outros acontecimentos na história dos primeiros cristãos.
No final do seu artigo, Kenner Terra apresenta um quadro comparando as duas redações identificadas por ele na tradição de 1 Pedro:

Esquema da história da transformação de I Pedro

I Pedro-Hipotética
(antiga)
Período: Imperador Vespasiano (72 d.C.)
Tipo de perseguição: calúnias, difamações, não-institucional.
Esperança: Histórica, social, casa/identidade.
I Pedro Transformada
(com os ruídos)
Período: Imperador Trajano (112 d.C.)
Tipo de perseguição: institucional, universal, com torturas e mortes.
Esperança: Apocalíptica, escatológica, não-histórica, celestial.

Naturalmente o lugar hermenêutico do autor influencia em grande medida a sua interpretação. Observa-se claramente a opção pela perspectiva histórico-sociológica, que busca responder às questões dos cristãos latino-americanos hoje. Esta é uma perspectiva influenciada pelos pressupostos da Teologia da Libertação, presente também em outros autores (ANTONIAZZI, NOGUEIRA, KONINGS). O próprio autor reconhece que embora este viés libertador atribuído à epístola de Pedro seja compartilhado por vários autores, as hipóteses de explicação das “contradições” e tensões no texto possuem seus pontos fracos. Segundo nossa análise, este artigo logrou avanços em relação ao texto do Alberto Antoniazzi “A saída é ficar. O conflito dos cristãos com a sociedade segundo a primeira epístola de Pedro” Estudos Bíblicos 15, Petrópolis, Vozes, 1987. Diferente de Antoniazzi que buscou atenuar as expressões mais apocalípticas da carta, Terra tentou assumir e enfrentar mais diretamente as tensões do texto, ofertando uma alternativa hermenêutica. Entretanto, a identificação destes ruídos sugere uma quebra de unidade no texto que a maioria dos exegetas não assinalaram.
A interpretação pretendida neste artigo se mostra bastante sedutora para estudantes, teólogos e pastores que atuam em contextos sociais desfavorecidos, como é o nosso caso. Todavia, ainda que exista uma notória mudança na esperança apresentada por 1 Pedro, não se percebe uma alteração significativa na forma, na linguagem ou em outros elementos formais e literários. Portanto, a tentativa de localização dos momentos de redação do texto, em considerando dois momentos, traz grandes dificuldades. Permanece, assim, a necessidade de melhores esclarecimentos sobre as perspectivas sociológica e apocalíptica de I Pedro.
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TERRA, K. R. C. . UM LAR (CELESTIAL) PARA QUEM NÃO TEM CASA: UMA HISTORIA DA TRADIÇÃO DE 1 PEDRO. Âncora Revista Digital de Religião, 2008.
Por Messias Brito

PESQUISA ATUAL

Dentro dos limites de um curso de apenas um semestre sobre todos os escritos neotestamentários, exceto os evangelhos sinóticos e o livro de Atos, buscamos realizar um levantamento bibliográfico sobre o nosso recorte de estudo, a saber, as epístolas relacionadas ao apóstolo Pedro. Como neste momento o nosso interesse reside especialmente no conhecimento da literatura mais recente publicada sobre o tema, direcionamos nosso olhar para artigos científicos e, só posteriormente para trabalhos exegéticos de maior fôlego, que depreendem um maior tempo de elaboração.
Não conseguimos encontrar, em português, uma boa quantidade de referências bibliográficas atualizadas sobre as Cartas de Pedro. Em comparação às Cartas Paulinas, por exemplo, que já possuem uma vasta literatura publicada em língua portuguesa, os estudos nos escritos petrinos ainda carecem de uma maior visibilidade em nossa língua. Deste modo, para representar, ainda que parcialmente, a situação atual da pesquisa, selecionamos o artigo “Um Lar (Celestial) para quem não tem Casa: uma História da Tradição de 1 Pedro”, publicado em 2008 por Kenner Roger Cazotto Terra, e recorremos ao livro “A Primeira Carta de Pedro: um comentário exegético-teológico”, mais recente obra (2009) publicada no Brasil sobre a primeira Carta de Pedro, de autoria de Reinhard Feldmeier.
O primeiro texto foi publicado pela Âncora, Revista Digital de Estudos da Religião da Faculdade de Teologia IV Centenário, localizada em São Paulo. Seu autor é um biblista ainda em formação. Ele é mestrando em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo, sendo Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul, onde realizou trabalho de conclusão de curso sobre a primeira Carta de Pedro.
“[...] A carta de 1 Pedro teve sua redação com propósitos sociais, de caráter preservativo e, ao mesmo tempo, gerando esperança sócio-histórica. Contudo, percebo que dentro desse escopo histórico, aparecem ‘ruídos’ apocalípticos que fazem interferências no desenvolvimento do texto” (TERRA, 2008:72). Assim Terra percebe o principal objetivo de 1 Pedro, partindo de uma exegese sociológica, tributada especialmente a John Elliott em “Um lar para quem não tem casa: interpretação sociológica da primeira carta de Pedro”, obra na qual o autor fundamenta sua pesquisa.
Com este pressuposto, o articulista se propõe a identificar a tradição mais antiga e predominante na carta, que apresenta uma resposta sociológica para seus destinatários e, a identificar a tradição mais recente, responsável pelos acréscimos apocalípticos. Para tanto, lançou mão das definições dos termos parepidemoi e paroikoi, segundo a interpretação de Elliott, esclarecendo a primeira expressão representa os forasteiros migrantes e a segunda os estrangeiros residentes. “Os Paroikoi eram os estrangeiros que tinham adquirido o direito de residência, mas não desfrutavam do direito de cidadania. Os parepidemoi, por outro lado, eram os estrangeiros que nem o direito de residência tinham. Esses grupos eram estranhos de cultura, língua, costumes, filiação política, social ou religiosa do povo onde habitavam. Não gozavam de nenhum direito político, não podiam participar das assembléias populares e eram excluídos do serviço militar” (TERRA, 2008:73). Assim sendo, fariam parte da comunidade de 1 Pedro judeus e pagãos convertidos ao cristianismo, que encontrariam lugar naquela comunidade.
Neste primeiro momento (72 d.C.), Terra percebe uma perseguição “atenuada”, caracterizada apenas por injúrias, difamação e calúnia. Não havendo ainda uma perseguição institucionalizada como passará a ocorrer no segundo século. Portanto, “este momento da história da tradição de 1 Pedro mostra um estágio anterior (antes do aparecimento dos ruídos e das contradições históricas dentro da própria obra) de uma carta que tem uma lógica de consolo, na qual a casa de Deus, vivida na comunidade cristã lhes dava identidade” (TERRA, 2008:74).
De acordo com o autor, num segundo momento, de modo aparentemente contraditório, o discurso teológico da 1 Pedro passa a ganhar tons menos históricos e mais apocalípticos. No primeiro momento, a esperança viva da comunidade repousava na ressurreição de Jesus, restaurando a sua dignidade após a morte na cruz. Porém, no segundo momento, essa esperança transmuta-se para o mundo celestial, num momento futuro. Assim, os destinatários não mais se alegrariam na ressurreição de Cristo, mas na promessa celeste de restauração futura. Esta mudança constitui, para Kenner Terra, um dos ruídos do segundo momento da tradição de 1 Pedro.
Outro elemento que demonstraria tratar-se de um período posterior na tradição de 1 Pedro seria a mudança na perseguição, que doravante se torna institucional, não meramente local, mas universal, marcando um novo momento da carta. Outra mudança, na visão deste artigo, acontece na imagem de Pedro, que inicialmente é apresentado como apóstolo de Jesus Cristo, e no segundo momento como membro de uma escola de presbíteros.
Assim, Terra conclui que haveria uma primeira redação que ele chama de I Pedro-Hipotética, caracterizada por uma perseguição não institucional e mais amena, que procurou oferecer consolo, identidade e lugar social para forasteiros residentes e estrangeiros migrantes. A segunda redação, chamada de I Pedro Transformada, seria marcada por uma perseguição ampla e institucional, momento em que surgiu um espírito apocalíptico que se reflete nos ‘ruídos’ do texto. Para corroborar sua tese o biblista também recorre a fontes externas como a carta de Plínio ao Imperador Trajano, e outros acontecimentos na história dos primeiros cristãos.
No final do seu artigo, Kenner Terra apresenta um quadro comparando as duas redações identificadas por ele na tradição de 1 Pedro:
Esquema da história da transformação de I Pedro
I Pedro-Hipotética
(antiga)
I Pedro Transformada
(com os ruídos)
Período: Imperador Vespasiano (72 d.C.)
Período: Imperador Trajano (112 d.C.)
Tipo de perseguição: calúnias, difamações, não-institucional.
Tipo de perseguição: institucional, universal, com torturas e mortes.
Esperança: Histórica, social, casa/identidade.
Esperança: Apocalíptica, escatológica, não-histórica, celestial.

Naturalmente o lugar hermenêutico do autor influencia em grande medida a sua interpretação. Observa-se claramente a opção pela perspectiva histórico-sociológica, que busca responder às questões dos cristãos latino-americanos hoje. Esta é uma perspectiva influenciada pelos pressupostos da Teologia da Libertação, presente também em outros autores (ANTONIAZZI, NOGUEIRA, KONINGS). O próprio autor reconhece que embora este viés libertador atribuído à epístola de Pedro seja compartilhado por vários autores, as hipóteses de explicação das “contradições” e tensões no texto possuem seus pontos fracos. Segundo nossa análise, este artigo logrou avanços em relação ao texto do Alberto Antoniazzi “A saída é ficar. O conflito dos cristãos com a sociedade segundo a primeira epístola de Pedro” Estudos Bíblicos 15, Petrópolis, Vozes, 1987. Diferente de Antoniazzi que buscou atenuar as expressões mais apocalípticas da carta, Terra tentou assumir e enfrentar mais diretamente as tensões do texto, ofertando uma alternativa hermenêutica. Entretanto, a identificação destes ruídos sugere uma quebra de unidade no texto que a maioria dos exegetas não assinalaram.
A interpretação pretendida neste artigo se mostra bastante sedutora para estudantes, teólogos e pastores que atuam em contextos sociais desfavorecidos, como é o nosso caso. Todavia, ainda que exista uma notória mudança na esperança apresentada por 1 Pedro, não se percebe uma alteração significativa na forma, na linguagem ou em outros elementos formais e literários. Portanto, a tentativa de localização dos momentos de redação do texto, em considerando dois momentos, traz grandes dificuldades. Permanece, assim, a necessidade de melhores esclarecimentos sobre as perspectivas sociológica e apocalíptica de I Pedro.
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TERRA, K. R. C. . UM LAR (CELESTIAL) PARA QUEM NÃO TEM CASA: UMA HISTORIA DA TRADIÇÃO DE 1 PEDRO. Âncora Revista Digital de Religião, 2008.

UMA INTRODUÇÃO ÀS EPÍSTOLAS DE PEDRO

Para uma compreensão mais ampla dos textos de I e II Pedro, uma aproximação histórica e contextual é necessária. Para tanto estaremos lançando mão da pesquisa de alguns autores importantes no cenário teológico, que são: Raymond Brown, Alberto Antoniazzi, J. Konings, W. Krull, Helmut Koester e Oscar Cullmann. Compararemos suas pesquisas, questionamentos e conclusões sobre estas duas cartas. Trataremos então da autoria (autenticidade), da data, do local, dos destinatários e dos motivos que provavelmente levaram à escrita das mesmas.
Acerca dos motivos que levaram à autoria de I Pedro, os autores pesquisados concordam unanimemente que a motivação estava em orientar e encorajar, exortar e reforçar a convicção dos destinatários que estavam passando por sofrimento em relação à vida social e religiosa. Para Antoniazzi, “a carta de Pedro visa infundir esperança e perseverança nos leitores e reforçar neles o sentimento de que pertencem a uma grande família, à “casa” não de algum poderoso desta terra, mas do próprio Deus, ”pg 57.
Antoniazzi observa que o autor da carta de I Pedro se apresenta como o próprio Pedro (I Pe1.1), apóstolo de Jesus Cristo, o que Raymond Brown afirma ser uma evocação à autoridade apostólica de Pedro. Para Koester, a primeira epístola de Pedro possui uma característica paulina muito forte, advinda de Silvano (companheiro de Paulo), citado nas saudações finais .Na carta também consta um grego bastante culto, o que afasta a possibilidade de ter sido escrito por Pedro, que não possuía tal domínio do grego. Cullmann ainda mostra que não há na carta nenhuma lembrança pessoal de Pedro a respeito de Jesus, o que acaba por problematizar mais ainda possibilidade de Pedro ter sido o autor.
A data da obra está, segundo a maioria dos autores citados, no final do primeiro século, entre as décadas de 70 e 90. Konings sugere isso com base na afirmação de que nesta época, Pedro já era uma figura de grande prestígio em toda a igreja. Brown ainda levanta a possibilidade remota de que a carta possa ter sido escrita entre 60 e 63, no ano em que Pedro estava em Roma, mas a maior probabilidade é de que foi escrita entre 70 e 90, por razões como o uso da palavra “Babilônia” para referir-se a Roma, que só teria sentido após a década de 70, quando o templo de Jerusalém foi conquistado por Roma, o que nos reporta a uma data posterior à morte de Pedro.
Para Brown, a carta de I Pedro é destinada aos estrangeiros da dispersão do Ponto, da Galácia, da Capadócia, da Ásia e da Bitínia, o que nos levaria a crer em um escrito voltado somente para o público gentílico, porém, Brown mostra que ela foi direcionada também aos judeus-cristãos, por causa do conteúdo presente na carta que remonta sempre a historiografia de Israel em diversas analogias.
Sobre o local de onde a carta foi escrita, o próprio texto de I Pedro 5.13 menciona a localidade do remetente, “A que está em Babilônia”, como já mencionado, uma referência a Roma. Hoje, quase universalmente, esta carta é aceita como proveniente de Roma.
A respeito da segunda carta de Pedro, os autores comentam de maneira mais sucinta. Para Cullmann, é o último documento escrito do Novo Testamento, mesmo tendo sido aceita no Cânon antes de outros anteriores. Esta carta autodenomina-se de Pedro, pretendendo ser uma seqüência da primeira carta e foi escrita por volta de 150. Para ele, a o autor parece ser um cristão da Ásia Menor, visando com esta carta, advertir os leitores contra o gnosticismo. Para Brown, a carta de II Pedro foi escrita mais provavelmente no ano 130, com margem de erro de uma década para mais ou para menos, sendo posterior às de I Pedro, das cartas Paulinas e de Judas. Brown supõe que a carta foi escrita para um público de cristãos da Ásia Menor, que conhecia os escritos paulinos e I Pedro. Ele comenta que se trata de uma carta pseudônima pode ter sido escrita em Roma, sendo que Alexandria e Ásia Menor também teriam sido sugeridas.
É bom lembrar que Antoniazzi faz uma leitura das cartas de Pedro a partir da comunidade, enquanto que Brown lê as mesmas a partir de Pedro; sendo assim podemos constatar que a depender da perspectiva da leitura teremos interpretações diferentes de um mesmo texto.
Mesmo sendo uma carta que lida com o sofrimento do povo ela não tem caráter de conformismo, ou seja, ela não quer que seus leitores se conformem com as situações de sofrimento pelas quais estão passando, mas traz esperança para o povo, esperança esta que como diz Antoniazzi é uma esperança que apesar de nos voltar para o futuro e para as coisas que ainda não aconteceram, não nos tira as responsabilidades na sociedade. Estas cartas então nos lembram o nosso comprometimento, não nos acomodarmos com as injustiças, mas sermos testemunhas da esperança.
Por Márcia Lúcia Silveira Galvão

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LEITURA BÍBLICA NA IGREJA - PESQUISA DE CAMPO


Quando paramos para pesquisar sobre as carta de Pedro, notamos que existe varias chaves de leituras dessas cartas, e cada um desses podem contribuir de maneira diferente quanto a idéia de Jesus Cristo e de Reino que é fundamental para o cristianismo e mais ainda para os discípulos que precisam alem de conhecer entender os planos do seu mestre.
Sabemos também que as leituras de Pedro nas igrejas pode ser de suma importância ainda hoje se atentarmos para um boa analise e aplicarmos para as nossas vidas, por isso nos dispomos à saber, como é a compreensão dos cristão nas igrejas hoje. Essa pesquisa foi feita entre cristãos de três igrejas batistas de lugares diferentes da Bahia, sendo todos ele com bom tempo de cristãos, todos casados e ativos em sua comunidade. Dois homens e quatro mulheres com atividades diferentes tais como: “Um cantor evangélico e representante comercial, Um pastor, Uma secretaria, Uma estudante, Uma dona de casa, Uma pedagoga”.


QUESTIONARIO PARA ENTREVISTA COM MEMBROS DA IGREJA BATISTA ALVORADA

I PEDRO

1. Em 1 Ped. 1.3-9. A salvação de Cristo produz efeitos já nessa vida ou apenas na vida futura?

2. Em 2.9 (falando aos gentios) participar do povo de Deus e uma oportunidade à todos ou à um grupo especial de pessoas? Justifique.

3. 2.4-6 Todos os cristãos são chamados por Jesus à contribuir, à partir da pedra viva – Jesus- para a construção de uma casa espiritual. Todos os cristãos contribuem igualmente para essa casa ou existe pessoas mais especiais que outras? Todos os crentes são sacerdotes ou Jesus designou esta função á alguns escolhidos?


4. Como Pedro pensa os cristãos de sua sociedade. Como deve ser a postura do crente na sociedade hoje?


Resumo de respostas com análise.

1. O cantor na primeira questão respondeu que a salvação já produz efeitos aqui, trazendo paz ao coração para nos conduzir a vida eterna com Cristo.
2. Na segunda questão ele disse que a oportunidade é para todos. E que o crente não perde a salvação, mas não devemos da lugar ao pecado e excitar a Deus. Que é para todos, mas nem todos os crentes aceitam a cristo de coração.
3. Na terceira ele fala que tem sacerdote que se destacam mais, se santificam mais para a obra.E sobre o contribuir ela acha q nem todos contribui, porque existem pessoas que aceitam a cristo apenas para não ir para o inferno, mas não quer trabalhar para o reino dele, aceita para não ir para o inferno, mas não tem frutos, então nem todos contribuem.
4. Na quarta questão ele cita um texto da bíblia. “todas as coisas me são licitas, mas nem todas me convêm”, na sociedade hoje as oportunidades de desagradar ao Senhor são muitas, de fazer coisas ilícitas e outras coisas, mas essa a liberdade q o Senhor nos da de poder servir e o que mais pesa é o compromisso que temos com Senhor com Deus e não fazer o seu nome escarnecer.

O Pastor. Reponde praticamente todas as questões com base bíblica e admite que esse é o que ele pensa das questões mas outras pessoas podem responder diferente usando textos bíblicos.
1. Na primeira pergunta na opinião dele já produz efeito hoje efeito de regeneração como diz a palavra de Deus no próprio texto de (1Ped. 2.9) isso citado por ele.
2. Na segunda ele da seu parecer sobre o destino e o objetivo dessa carta e fala: foi escrita para encorajar os cristão judeus. Eu não creio na predestinação q Jesus morreu apenas para um grupo de pessoas. O sacrifício de Jesus é para toda a humanidade, mas eu como ser humano tenho que aceita esse sacrifício pra me, ele nos chamou, ele chamou a todos.
3. Na terceira ele diz que todos são chamados para serem construtores dessa casa espiritual e cita o texto bíblico que diz “quando eu for levantado no madeiro atrairei todos para me” e não apenas alguns. Deus não faz acepção de pessoas e ele cita a epistola de Tiago quando exorta a comunidade “porque vocês chamam os ricos para sentaram em posição especial e aos pobres vocês nem convidam?” é-nos que fazemos acepção.Todos os crentes são sacerdote de se mesmo e cita (1 Ped. 2.9-10).
4. Na quarta questão ele cita algumas passagens de Jesus que ia ate os excluídos da sociedade e lhe dava o direito de voltar com dignidade para a sociedade e nisso ele crê que a igreja deve ser uma comunidade que viva em comunhão e a partir dessa comunidade ajudar as pessoas que estão em sua volta. A igreja não pode ser fechada, mas deve ser aberta para a sociedade porque a salvação não é exclusividade nossa, mas é para todos.

1. A secretaria na primeira responde: já nessa vida os efeitos benéficos Jesus começam trabalhando em nosso coração nos preparando para a vida futura.
2. Na segunda questão ela diz que é pra todos porque Deus veio p/ todos tanto gentios como gregos, Deus não faz acepção de pessoas, isso é um privilegio uma oportunidade.
3. Na terceira fala que existe pessoas que são mais especiais que outras, que se dedicam mais p/ a casa do Senhor, cada um tem seu limite, tem sua maneira de ser muito se dão um todo, outros só se dão um pouco e outros nada só querem receber. Mas que todos nos somos sacerdotes de cristo e devemos levar a sua palavra aos q não tem.
4. Na quarta que nos devemos sujeitar uns aos outro e as autoridades e respeita as autoridades.
Devemos sujeitar uns aos outro e as autoridades e respeita as autoridades.
Devemos fazer a diferença como cristão devemos levar a palavra mesmo sedo pisoteado com amor.
Devemos a cada instante esta exortando os irmãos com a palavra de Deus para não fazer coisas erradas.
Nos temos liberdade hoje de ser cristão e pregar a palavra de Deus nos temos a liberdade,como ter a liberdade... é ... buscando a Deus ...mas temos uma liberdade um pouco limitada pois temos que esta sujeitos as autoridades desse mundo também.



1. A Estudante na primeira questão diz que Já produz efeitos aqui, mas estamos nos preparando para outra vida.
2. Na segunda responde que a salvação é para todos... eu pensava que aqui estava falando para os judeus...
3. Na terceira pergunta falando de contribuição e se há pessoas especiais ela diz: eu acho assim que todos têm a sua contribuição... que todos são iguais diante de Deus preto, branco, rico ou pobre. Na questão de se somos sacerdote ela disse que não sabe bem.
4. Na quarta questão ela responde que como cristão devemos também obedecer às leis desse mundo, pois se há lei é porque existe algo q pode ser passar do limite. Tem que ter limite para que as pessoas possam ter uma vida adequada, respeitando as leis desse mundo com postura e integridade.

1. Dona de casa na primeira: já produz efeitos já nessa vida, porque aqui temos uma esperança que temos a vida eterna.
2. Na segunda ela responde apontando para a palavra de Deus: “Jesus veio para os seus, mas os seu não receberam e todos quantos o recebe são digno do reino dos céus ele diz que todos quantos vem a me de modo nenhum lançarei fora, mas ressuscitarei no ultimo dia”.
3. Na terceira, responde que não há pessoas mais especiais para Deus, cada um faz aquilo que Deus lhe da o dom para fazer e mais especial para Deus não tem. Todos nos somos sacerdotes. Comenta partes de versículos bíblicos: é como diz a parábola do trabalhador q aquele que trabalhou uma hora recebeu o mesmo valor que os q trabalharam o dia todo.
4. Na quarta questão ela fala: nossa postura diante da sociedade hoje é nos vivemos em mundo corrupto, pio que aquele tempo é a nossa postura é se comporta bem diante da sociedade obedecer às leis e as autoridades, teme a Deus e fazer o bem para quando alguém falar alguma coisa conta agente, agente possa responder bem segundo a nossa vida.


1. Pedagoga na primeira questão a reposta é sim agora quando aceitamos a Jesus sentimos a alegria da salvação com a certeza da vida eterna.
2. Na segunda ela usa a bíblia como base e responde que Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam, mas a todos quanto o receberam deu lhe o poder de ser feito filho de Deus através de Jesus. Para todos
3. Na terceira novamente cita a palavra Deus não faz acepção de pessoa todos contribuem igualmente e cita (1Ped 2.5). Quanto ao sacerdócio ela diz que todos nos somos sacerdote
4. Na quarta ela responde com bíblia “conhecerei a verdade e a verdade vós libertara” devemos ser submisso as leis e servir aos homens como se fosse a Deus.

RESUMO DAS RESPOSTAS
Respostas em seqüência dos entrevistados
Cantor evangélico e representante comercial; Pastor; Secretaria; Estudante; Dona de casa; Pedagoga.

Primeira:
Já produz efeitos aqui;
Já produz efeito hoje efeito de regeneração;
Já nessa vida os efeitos benéficos;
Já produz efeitos aqui;
Já produz efeitos já nessa vida;
Sim agora quando aceitamos a Jesus sentimos a alegria.

Segunda:
A oportunidade é para todos;
Ele chamou a todos;
Pra todos porque Deus veio p/ todos tanto gentios como gregos;
Salvação é para todos;
Jesus veio para os seus, mas os seu não receberam e todos quantos o recebe são digno do reino dos céus;
Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam, mas a todos quanto o receberam deu lhe o poder de ser feito filho de Deus;
Terceira:
Nem todos contribuem, tem sacerdote q se destacam mais;
Todos são chamados para serem construtores dessa casa espiritual, Deus não faz acepção, Todos os crentes são sacerdote de se mesmo;
Existem pessoas que são mais especiais que outras. Todos nos somos sacerdotes;
Todos são iguais diante de Deus preto, branco, rico ou pobre;
Não há pessoas mais especiais para Deus, Todos nos somos sacerdotes; Deus não faz acepção, todos nos somos sacerdote;
Quarta:
Todas as coisas, mas nem todas nos convém;
A igreja não pode ser fechada, mas deve ser aberta para a sociedade; devemos sujeitar uns aos outro e as autoridades;
Obedecer às leis;
Obedecer às leis e as autoridades;
Ser submisso as leis e servir aos homens como se fosse a Deus.

Essa pesquisa que foi feita com questões tiradas da carta de (1° Pedro) para analisarmos quais são as interpretações que as pessoas nas igrejas fazem dessa carta a fim de como lideres, partindo do resultado, quando em uma comunidade pode dar um ensinamento adequado para os nossos dias. Pois percebemos que ainda há lideres que não contextualizam bem as mensagens e o povo repassa o que aprende.


Por Ismael Pessoa

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O BLOG EPÍSTOLAS DE PEDRO

A disciplina Novo Testamento II, integrante do Bacharelado em Teologia oferecido pelo Seminário Teológico Batista do Nordeste - STBNe (Feira de Santana/Ba), através do seu professor Jorge Nery, propôs a criação de blogs como instrumento metodológico para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem no presente curso.
Assim, o presente blog foi criado pela equipe Epístolas de Pedro, que está realizando pesquisas sobre as duas epístolas neotestamentários atribuídas ao apóstolo Pedro.
Este espaço servirá, especialmente, para a "socialização" de artigos e textos produzidos pela equipe.
Os prováveis interlocutores deste blog serão os estudantes que compõe a equipe, os colegas da disciplina e do STBNe em geral, os professores do seminário, e ainda, estudantes e professores de outras instituições teológicas e demais interessados na temática, os quais poderão contribuir com suas críticas, sugestões e indicações bibliográficas.

A Equipe